Dra. Marcela Scarpa – Cirurgiã Plástica


O conteúdo descritoacima não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).

Fig. 1

O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).

O que é a otoplastia?

É a correção da orelha “em abano” ou orelhas proeminentes. Essa é a deformidade congênita (de nascença) mais comum da orelha, afetando 2 a 5% da população. Tem como objetivo reposicionar a cartilagem auricular, diminuindo a distância entre esta e o crânio.

Qual a causa da orelha em abano?

Fig. 2

A origem das deformidades é genética. Há uma hipertrofia (excesso) da cartilagem conchal ou apagamento das dobras da anti-hélice e/ou hélice (Figura 2).

Existe uma idade ideal para a realização desta cirurgia?

A correção dessas alterações pode ser feita a partir do término do crescimento da cartilagem auricular, que varia dos cinco aos sete anos de idade.

A cirurgia da orelha em abano deixa cicatrizes?

A cicatriz desta cirurgia fica bem disfarçada no sulco formado entre a orelha e a cabeça.

Qual o tipo de anestesia?

Crianças: anestesia geral sempre. Adultos: há a possibilidade da anestesia geral ou anestesia local com sedação, sempre sob supervisão do médico anestesista.

Qual o período de internação?

De 12 a 24 horas, dependendo do tipo de anestesia e idade do(a) paciente.

Quanto tempo demora o ato cirúrgico?

Em média 60 a 90 minutos. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de centro cirúrgico. Esta envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.

Há dor no pós-operatório?

Eventualmente poderá ocorrer manifestação dolorosa, mas facilmente controlada com os analgésicos receitados no pós-operatório. Evite a automedicação.

Como é o pós-operatório? É necessário algum tipo de curativo?

O paciente sai do centro cirúrgico com um curativo grande que se assemelha a um capacete (formado por algodão hidrófilo e enfaixamento – Figura 3). Esse curativo é mantido por uma semana e, quando retirado na consulta pós operatória, é substituído por uma faixa elástica que será utilizada por 2 meses (uso contínuo, inclusive para dormir). Tem o objetivo de evitar traumas diretos que possam comprometer o resultado da cirurgia.

Fig. 3

Em quanto tempo se atingirá o resultado definitivo?

Assim que se retira o curativo já teremos aproximadamente 80 % do resultado almejado. Em torno do 3º mês já há um aspecto bem próximo do definitivo (observado após 12 a 18 meses de pós operatório).

Há o risco de “voltar o problema do abano” após a cirurgia?

Em uma minoria dos casos é possível a recidiva da orelha em abano. Geralmente é associada à não colaboração e ao não seguimento das orientações pós operatórias. Trauma local precoce ou alguma intercorrência que resulte na liberação dos pontos de definição poderão levar à perda do resultado. Convém salientar que uma leve assimetria poderá ocorrer (ressalta-se que mesmo em pessoas não operadas e que não tenham deformidades na orelha, simetria absoluta não é observada).

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:

• Evite esforços.
• Não molhar o curativo até o retorno.
• Durma com a cabeceira elevada (3 travesseiros em dorso) e barriga para cima.
• Após a retirada do curativo, usar a faixa elástica por 2 (dois) meses, colocando-a de baixo para cima.
• Manter a cicatriz atrás da orelha sempre limpa.
• Alimentação normal (salvo em casos especiais). Recomendamos alimentação hiperprotéica (carnes, ovos, leite), verduras (principalmente as verde-escuras, como espinafre, couve, brócolis, etc.), legumes e frutas. Não comer doces, gorduras, frituras, etc., esses alimentos são muito calóricos e serão prejudiciais ao resultado final da cirurgia. É importante alimentar-se de forma correta e equilibrada!
• Não se exponha ao sol ou iluminação fluorescente (bronzeamento artificial) enquanto apresentar equimoses, pois elas podem se transformar em manchas. Os roxos geralmente somem em torno de 2 a 4 semanas, porém este período é variável para cada pessoa.
• As cicatrizes não podem apanhar sol direto por um período de 18 meses. Utilize bloqueadores solares, mesmo quando estiverem cobertas.
• O retorno às atividades habituais e ao trabalho varia de acordo com a resistência de cada indivíduo e as atividades exercidas, em média entre 10 e 21 dias. Exercícios físicos mais leves podem ser iniciados com 30 a 40 dias, de forma gradativa e sempre sob orientação do seu cirurgião.
• Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.
Retorne ao consultório para os curativos subsequentes e acompanhamento pós-cirúrgico, nos dias e horários estipulados.


Este texto é de autoria da Dra. Marcela Benetti Scarpa e toda e qualquer forma de reprodução e/ou veiculação somente será permitida mediante prévia autorização por escrito e com indicação de fonte, do contrário, poderá consistir em violação de direitos autorais, conforme a Lei 9.610/98, passível da adoção das medidas cíveis e criminais pertinentes. Para mais informações, acessem nossa Política de Proteção aos Direitos Autorais.

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